O cliente como parceiro na conversação: construindo novas possibilidades para o cuidado do diabetes

Autores

  • Katia Regina Antunes Martins
  • Olga Jovelevithz

Palavras-chave:

doença crônica, construcionismo social, equipe interdisciplinar, jogos de linguagem

Resumo

Este artigo apresenta o histórico do grupo (GECD) de atendimento a diabetes, que traz uma proposta inovadora para o tratamento dessa doença. Realiza um trabalho intensivo em equipe que começou num formato multidisciplinar e foi se transformando em interdisciplinar. Para situar o trabalho, faremos um breve apanhado sobre a doença, a situação atual do diabetes no Brasil e no mundo e as dificuldades encontradas para a adesão ao tratamento. Discutiremos a contribuição da psicologia, a partir de uma postura construcionista social e de algumas ferramentas do neopragmatismo, que foram orientadores de sua atuação. A inclusão de múltiplas vozes e da construção do conhecimento na relação serão enfatizados, além de analisarmos as mudanças ocorridas no grupo a partir dessa inserção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Katia Regina Antunes Martins

Psicóloga, terapeuta
individual, de casal e família

Olga Jovelevithz

Médica, terapeuta individual,
de casal e família

Referências

Anderson, H., & Goolishian, H. (1998). O cliente é o especialista: a abordagem terapeutica do não-saber. In S. McNamee, & K. J. Gergen. A terapia como construção social. (pp. 34-50). Porto Alegre: Artes Médicas.

Bittencourt de Araujo, N., & Morgado, N. (2006). A escuta terapêutica na interlocução clínica: uma contribuição ao construcionismo social pelo viés do pragmatismo linguístico. Nova Perspectiva Sistêmica, 26, 24-34.

Camargo-Borges, C., Mishima, S., & McNamee, S. (2008). Da autonomia à responsabilidade relacional: explorando novas inteligibilidades para as práticas de saúde. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 1(1), 8-19.

Camargo-Borges, C., & Mishima, S. (2009). A responsabilidade relacional como ferramenta útil para a participação comunitária na atenção básica. Saúde e sociedade, 18(1), 29-41.

Maingueneau, D. (1997). Novas tendências em análise do discurso. Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas.

Mbaya, J. C. (2009). Federação Internacional de Diabetes conclama maior divulgação de informação diante da explosão epidêmica do diabetes. Diabetes Clínica, 13(6), 419.

McGill, M. (2009). Federação Internacional de Diabetes conclama maior divulgação de informação diante da explosão epidêmica do diabetes. Diabetes Clínica, 13(6), 416.

McNamee, S. (2004). Social construction as practical theory, lessons for practice and reflection in psychotherapy. In D. Pare, & G. Larner. Critical knowledge and practice in psychotherapy. (pp. 9-20). New York: Hayworth Press.

McNamee, S. (2008). Um estudo socioconstrucionista da expertise terapêutica. Nova Perspectiva Sistêmica, 31,33-43.

McNamee, S. (2009). Postmodern psychotherapeutic ethics: relational

responsibility in practice. Human Systems: The Journal of Therapy, Consultation & Training, 20(1), 57-71.

Mendes, A. B. V., Fittipaldi. J. A. S., Neves, R. C. S., Chacra, A. R., & Moreira, E. D. (2009). Prevalence and correlates of inadequate glycemic control: results from a Nation wide survey in 6,671 adults with diabetes in Brazil. Acta Diabetologica, 47(2): 137–145.

Nathan, D. M., Buse, J. B., Davidson, M. B., Ferrannini, E., Rury, R. H., Sherwin, R., & Zinman, B. (2008). Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: A Consensus Algorithm for the Initiation and Adjustment of Therapy. Recuperado em 11 nov 2013 de http://care.diabetesjournals.org.

Pimazoni Netto, A. (2013). Manual básico sobre diabetes para profissionais de saúde. Sanofi- Universidade do Diabetes, 4-5.

Pimazoni-Netto, A., Robard, D., & Zanella, M.T. (2011). Rapid improvement of glycemic control in type 2 diabetes using weekly intensive multifactorial interventions: structured glucose monitoring, patient education. Diabetes Technology & Therapeutics, 13(10):997-1004.

Sartorelli, D. S., & Franco, L. J. (2003).Tendências do diabetes mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional. Cad. Saúde Pública, 19(1) 529-536.

Sommerman, A.(2008). Inter ou transdisciplinariedade. São Paulo: Paulus.

White, M., & Epston, D. (1993). Medios narrativos para fines terapêuticos. (pp. 53-87). Barcelona: Paidós.

Downloads

Publicado

03/09/2016

Como Citar

Martins, K. R. A., & Jovelevithz, O. (2016). O cliente como parceiro na conversação: construindo novas possibilidades para o cuidado do diabetes. Nova Perspectiva Sistêmica, 23(49), 21–33. Recuperado de https://www.revistanps.com.br/nps/article/view/63

Edição

Seção

Artigos