Construção de uma clínica feminista

sensibilizadores terapêuticos em atendimento com mulheres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.38034/nps.v33i80.796

Palavras-chave:

Terapia Feminista, Construcionismo Social, Feminismo

Resumo

A clínica feminista enquanto método e teoria convida as terapeutas à análise crítica e constante da prática, aprendendo a reconhecer a influência operada pelo patriarcado nas histórias de sofrimento das mulheres e admitindo sua responsabilidade na subversão ou sustentação dessa lógica. O objetivo deste artigo é reconhecer nos pressupostos (seja nos estudos feministas ou nos movimentos sociais feministas) e nas terapias feministas caminhos para a construção de sensibilizadores clínicos que favoreçam a (re)construção de narrativas de si e a (re)definição de problema em atendimentos com mulheres. A partir dessa revisão crítica dos trabalhos e do fato de as mulheres serem maioria na clínica, com sofrimentos semelhantes, foi possível criar, nomear e descrever três sensibilizadores clínicos: Testemunhando em protesto, Patchwork de histórias e Apontando o dedo. Exercitar uma escuta clínica politicamente posicionada sugere que as coincidências narrativas são denúncias das estruturas culturais e sociais que condicionam o processo de construção de sentidos.

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Biografia do Autor

Marina Arantes, Clínica particular, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Psicóloga clínica formada pela Universidade Federal de Uberlândia e mediadora de conflitos pelo Instituto Conversações de Ribeirão Preto. Membra associada ao Taos Institute. Atende adultos, casais e famílias a partir das premissas do construcionismo social, e atua como supervisora e docente em diferentes contextos de formação profissional, com ênfase em construcionismo social e questões de gênero na prática clínica. Psicóloga clínica.

Domitila Gonzaga, Instituto de Terapia Familiar de São Paulo - ITFSP e Coletiva Olhares - São Paulo, SP, Brasil

Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, com dupla titulação pela Universidade do Porto, Portugal. Psicóloga e Mestra em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Tem formação em Terapia e Intervenção familiar e de casal pela UNIFESP. Estuda questões de gênero, sexualidades, adolescências, à luz da epistemologia construcionista social. Integrante do Laboratório de Pesquisa e Estudos em Práticas Grupais (LAPEPG-USP) e membro participante do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Construcionismo Social (CNPQ). Atua como Psicóloga clínica em contexto clínico particular e oferece supervisão de atendimento em diferentes contextos.

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Publicado

06/11/2025

Como Citar

Arantes, M., & Gonzaga, D. (2025). Construção de uma clínica feminista: sensibilizadores terapêuticos em atendimento com mulheres. Nova Perspectiva Sistêmica, 33(80), 44–57. https://doi.org/10.38034/nps.v33i80.796

Edição

Seção

Artigos