Troca de cartas no Time da Vida: um bate-bola construtivo.

Autores

  • Adriana Müller

Palavras-chave:

Práticas Narrativas Coletivas, Time da Vida, Documentos coletivos, Centro de reabilitação, Brasil, Austrália

Resumo

Este artigo apresenta e discute uma experiência da aplicação da metodologia do Time da Vida em um contexto que envolveu a troca de correspondências entre os internos de centros de reabilitação de drogas e álcool no Brasil e na Austrália. Apesar da distância física e cultural entre esses dois grupos, eles conseguiram destacar pontos em comum em suas histórias, construindo uma relação de mútua ajuda que auxiliou no processo de tratamento. Tal experiência baseou-se nos pressupostos que cada pessoa é especialista em sua própria história e consegue, nas interações que estabelece com os demais, fortalecer aspectos positivos de sua vida, reconhecer as habilidades e conhecimentos, assim como ampliar sua história. Além disso, a troca de cartas entre eles promoveu no grupo a noção de unidade compartilhada e um interesse em contribuir com a vida de outros que passam por situações semelhantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Denborough, D. (2008). Práticas narrativas coletivas: trabalhando com indivíduos, grupos e comunidades que vivenciaram traumas. Austrália: Dulwich Centre Publications.

Drewery, W., & Winsdale, J. (1997). The theoretical story of narrative therapy. In: G. Monk (Org.). Narrative therapy in practice: the archaeology of hope (pp. 32-51). San Francisco, CA: Jossey-Bass.

Epston, D. (1998). Catching up with David Epston: a collection of narrative practice-based papers, 1991-1996. Adelaide, South Australia: Dulwich Centre Publications.

Freire, P. (2008). Pedagogia da esperança (15ª ed.). São Paulo, SP: Editora Paz e Terra.

La Taille, Y. (2009). Formação ética: do tédio ao respeito de si. Porto Alegre, RS: Artmed.

Madigan, S. (2011). Narrative therapy. Washington, DC: American Psychological Association.

Myerhoff, B. (1982). Life history among the elderly: Performance, visibility and re-membering. In: J. Ruby (ed) A Crack in the Mirror: reflexive perspectives in anthropology (pp.99-117). Philadelphia: University of Pennsylvania Press.

Myerhoff, B. (1986). “Life not death in Venice”: Its second life. In: V. Turner & E. Bruner (eds). The Anthropology of Experience (pp. 73-81). Chicago: University of Illinios Press.

Monk, G. (1997). How narrative therapy works. In: G. MONK (Org.). Narrative therapy in practice: the archaeology of hope (pp.3-31). San Francisco, CA: Jossey-Bass.

Newman, D. (2008). Rescuing the said from the saying of it: living documentation in narrative therapy. International Journal of Narrative Therapy and Community Work, 3, 24-34.

White, M. (1991). Deconstruction and therapy. In: D. Epston, & M. White (Eds.), Experience, contradiction, narrative and imagination: Selected papers of David Epston and Michael White, 1989-1991. Adelaide, South Australia: Dulwich Centre Publications.

White, M. (2007). Maps of narrative practice. New York, NY: Norton.

Winslade, J., Crocket, K., & Monk, G. (1997). The therapeutic relationship. In: G. Monk (Org.). Narrative therapy in practice: the archaeology of hope (pp. 53-81). San Francisco, CA: Jossey-Bass.

Downloads

Como Citar

Müller, A. (2016). Troca de cartas no Time da Vida: um bate-bola construtivo. Nova Perspectiva Sistêmica, 21(42), 42–56. Recuperado de https://www.revistanps.com.br/nps/article/view/222

Edição

Seção

Artigos