Personagens internos

Autores

  • Telma Pereira Lenzi Associação Instituto Movimento

Palavras-chave:

construcionismo social, self narrativo, linguagem, personagens internos

Resumo

partir do referencial do Construcionismo
Social e das práticas colaborativas e narrativas,
este artigo convida a percorrer um caminho teórico
que fundamenta e apresenta minha prática terapêutica
quando meu olhar enfoca um self dialógico.
Essa mudança paradigmática nos leva a conhecer
um self narrativo, resultante dos intercâmbios sociais,
possuidor de múltiplas vozes, múltiplas identidades,
denominadas por mim como personagens
internos. Esse self narrativo se manifesta e existe
como tal somente em nossas práticas discursivas,
onde o entrelaçamento de nossas conversas internas
e externas desenvolve diferentes maneiras de
nos relacionar uns com os outros, reais ou imaginárias,
em nossas formas de viver.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Telma Pereira Lenzi, Associação Instituto Movimento

Diretora Geral do Movimento
– Clínica e Escola de
Psicologia Sistêmica
Presidente da Ong ASSIM

Referências

Andersen, T. (2002). Processos Reflexivos. Rio de Janeiro: Instituto NOOS.

Anderson, H. (2009). Conversação, Linguagem e Possibilidades. Um enfoque pós-moderno da terapia. Editora Roca. São Paulo.

Anderson, H. & Goolishian, H. A. (1988). Human Systems as Linguistic Systems: Preliminary and Evolving Ideas about the Implications for Clinical Theory. Family Process, 27: 371–393.

Bakhtin, M. (2009). Marxismo e filosofia da linguagem. 13ª ed. São Paulo: Hucitec.

Bruner, J. (1997). Realidade mental, mundos possíveis. Porto Alegre: Artes Médicas.

Epston, D. & White M. (1992) Consulting your consultants: The documentation of alternative knowledges. In Epston, D. & White, M. Experience, Contradiction, Narrative and Imagination. Dulwich Centre Publications, Adelaide.

Epston, D., White, M. & Murray, K. (1998). Proposta de uma terapia de reautoria: revisão da vida de Rose e comentário. In S. McNamee & K. J. Gergen (Orgs.). A terapia como construção social (pp. 117-138). Porto Alegre: Artes Médicas.

Fruggeri, L. (1998). O processo terapêutico como construção Social da Mudança. In McNamee, S. Gergen, K. J. A Terapia como Construção Social (pp. 51-65). Porto Alegre: Artes Médicas.

Gergen, K. J. & Davis, K. E. (1985). The social construction of the person. New York: Springer-Verlag New York Inc.

Gergen, K. J. (1992). El yo saturado. Dilemas de identidad en el mundo contemporáneo. Buenos Aires: Paidos.

Gergen, K. J.; McNamee, S. (1998). A terapia como construção social. Porto Alegre: Artes Médicas.

Gergen, K. J. (1994). Realities and relationships: soundings in social construction. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Gergen, K. J.; Gergen, M. (2010). Construcionismo social: um convite ao diálogo. Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Gergen, K. J.; Gergen, M. (2011). Reflexiones sobre la construcion social. Buenos Aires: Paidos.

Grandesso, M. (2000). Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Hacker, P. M. S. (1999). Wittgenstein. sobre a natureza Humana. São Paulo: Unesp.

Hermans, H. J. M., Kempen, H. J. G. & Van Loon, R. J. P. (1992). The dialogical self: beyond individualism and rationalism. American Psychologist, 47, 23-33.

Hermans, H. J. M. (2001). The construction of a personal position repertoire: Method and practice. Culture & Psychology, 7(3), 323-365.

McNamee, S. (2001). Reconstruindo a terapia num mundo pós-moderno: recursos relacionais. in: M. Gonçalves & O. Gonçalves (Orgs.). Psicoterapia, discurso e narrativa: a construção conversacional da mudança. (pp. 237-264). Coimbra: Quarteto.

Penn, P. & Frankfurt, M. (1994). Creating a participant text: Writing, multiple voices, narrative multiplicity. Family Process.33. 217 – 232.

Riikonen, E. & Smith, G. M. (1997). Re-imagining therapy. Londres: Sage.

Shotter, J. (1997). The social construction of our 'inner' lives. Journal of Constructivist Psychology. Volume10 , (pp 7-24) Issue1, University of New Hampshire.

Shotter, J. (2001). Towards a third revolution in psychology: mental representations of internal practices for social dialogical. In: Bakhurst, D & Shanker, S. Jerome Bruner: language, culture and self, pp 167 – 183. London: Sage Publications.

Shotter, J. (2010). Movements of feeling and moments of judgement: towards an ontological social constructionism. International Journal of Action Research, 6, 2010, Issue 1, pp. 16-42.

Tomm, K. (1999).Co-constructing responsibility. (pp 129-138). In S. McNamee & K.J. Gergen (eds.). Relational responsibility: Resources for sustainable dialogue. Thousand Oaks: Sage.

Wiley, N (1996). O self semiótico (L. P. Rouanet, Trad.). São Paulo: Edições Loyola.

White, M. & Epston, D. (1993). Medios narrativos para fines terapéuticos. Buenos Aires: Paidós.

Wittgenstein, L. (1968). Tractatus logico-philosophicus. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Wozniak, R. H. (1999). Introduction to the principles of psychology William James 1890. Classics in Psychology, 1885-1914: Historical Essays. Bristol, UK: Thoemmes Pres.

Downloads

Publicado

03/08/2016

Como Citar

Pereira Lenzi, T. (2016). Personagens internos. Nova Perspectiva Sistêmica, 22(47), 86–98. Recuperado de https://www.revistanps.com.br/nps/article/view/34

Edição

Seção

Artigos